quarta-feira, 9 de maio de 2012

Opus III.

Réquiem das Almas
Erich William von Tellerstein.




Sacerdotisa V.

Em vil e triste Réquiem das Almas,
Tal como este em que te encontras;
Bebe do cálice de energia vital,
E sente o fervor do submundo astral.

Discípulo Aspirante

Assim o faço Vossa Majestade,
Para verter-me em Tempestade;
Tal como fazeis Vós sem idade,
Assolando mortais em futilidade.

Corrompe-me a térrea ilusão,
Da mente adquirir tal expansão;
Inda que estivesse no leito de Morte,
Melhor seria que estar à mercê da Sorte.

Malditos!

Mortais que morram com ela!
Com a mesma cruel intensidade,
Com que destroem a Mãe Natureza;
Os elementais de Fraternidade.

Sacerdotisa V.

Em vil e triste Réquiem das Almas,
Tal como este que traz-lhe calma;
Bebe do cálice de energia vital,
E sente o fervor do que é letal.

Discípulo Aspirante

Assim o faço Vossa Majestade,
Para verter-me em sem-idade;
Tal como fazeis Vós Tempestade,
Assolando mortais em futilidade.

Dissipa-me a térrea ilusão,
Fazer aqui ao abismo tamanha alusão;
Inda que estivesse no leito de Morte,
Melhor seria que estar à mercê da Sorte.

Fúteis de impropérios!

Que morram com ela, como já o fazem!
Com o mesmo pequeno ar de sapiência,
Com que destroem a Mãe Natureza;
Chamando tal heresia de Ciência.

Maledictus!

Sacerdotisa V.

Em vil e triste Réquiem das Almas,
Tal como este em que te encontras;
Bebe do dourado cálice de sangue,
E deixa o próximo de todo exangue.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Opus II.

Igreja Tenebrosa,
Erich William von Tellerstein.


Sanguinolento altar sacrificial;
Eis onde horrores se horrorizam,
Num único golpe quase imaterial;
Qu'excrucia vis que climatizam:

A secular morta Igreja Tenebrosa,
Cujo clero ama Cristo como Nero;
Clero este tão belo quanto rosa,
Pois trata-se d'orrendo Vampiro.

Lugar de iniciação à velha Corte,
Ao cósmico ventre de maldições;
Lugar pra passar a andar à noite,
Para todo sempre com erudições.

A secular viva Igreja Tenebrosa,
Cujo clero ama Cristo como Nero,
Faz-se forte com sangue e esmero,
Pois sua Luz se iguala a Zero.

Sanguinolento altar sacrificial;
Eis ond'excruciações se excruciam,
Num único golpe quase imaterial;
Que horroriza vis que anunciam:

A chegada da Estrela da Manhã,
Na Igreja Tenebrosa dos Vampiros.

Opus I.

O Altar das Maldições,
Wesley Wantuir.

Oh! pobre donzela que dormes tão bela;
Vou desenterrar-te, em nome do nosso amor;
Beijaremos até que se acenda o teu calor;
Dançaremos até que se apague a última vela;

Oh! pobre donzela que dormes tão bela;
Bailaremos ao som de uma fúnebre sinfonia;
Valsaremos em perfeito ritmo e sincronia;
Minha vida é ilusória, e a tua morte: quimera!

Oh! pobre donzela que dormes tão bela;
Beberemos o cálice com o Sangue Sagrado,
Daquele que se refere ser: o Cordeiro Imolado;
Viverei em ti, e tu viverás eternamente sob ela;

Oh! pobre donzela que dormes tão bela;
Tu, de alvas vestes neste ambiente soturno;
Eu, de negro: tal como o pássaro noturno,
Que ao longe espreita-nos, pela janela;

Oh! pobre donzela que dormes tão bela;
Com tuas gélidas e macilentas mãos,
Acaricia-me em demasiados sonhos vãos;
A voluptuosa palidez em ti, impera...

Oh! pobre donzela que dormes tão bela...